quarta-feira, 25 de julho de 2007

Chegando de fininho

Depois de ler os textos da Sandra e do Alfredão, estou me sentindo a vontade para publicar neste blog! Adorei ver que o filme está ecoando na cabeça de outras pessoas. São pontos de vista tão distintos do meu, pois vejo o 38 como uma operação de guerra, cujo inimigo está mais bem armado e disposto a nos destruir! Calma, eu explico!

Eu sou o Julio, estou fazendo a produção do filme e tenho a difícil tarefa de realizar um curta muito complexo sem verba. Nunca esqueço uma frase célebre do Renato, grande padrinho e apoiador deste projeto: "a produção de um filme é uma catástrofe sob controle". Bom, a catástrofe tem data marcada: 3 de agosto. Resta saber se conseguiremos controlá-la.

Não aceitaria e não seria o maior entusiasta do projeto se o diretor não fosse meu irmão do peito. Não me arriscaria nesta empreitada se não acreditasse que o Hidalgo tem um talento para a coisa e, acima de tudo, se ele não tivesse este maravilhoso dom de construir relações e fazer amigos. Depois de fazer grandes e pequenos filmes, tenho certeza que isto é muito valioso para um diretor e tenho certeza que isto vai ajudá-lo a construir o seu caminho neste território hostil.

O 38 para mim é muito mais do que um filme sobre um cara que se revolta contra as margens que oprimem as suas águas revoltas. O 38 é o Hidalgo. Não a história em si, porque está em constante mutação, mas a forma como ele nos conta, a indignação misturada com malandragem, a fantasia esquecida que se confunde com a certeza que disse o não dito!

O 38 é um desafio para todos, como todo bom filme, como toda obra de arte. Não nasce pronta, não surge sem dor, sem angústia, sem incerteza. Vamos fazer um filme nas condições de produção mais adversas possíveis. No escuro, no frio e sem dinheiro. Mas estamos nos preparando.

Beijos

Julio

Êpa, acho que fui objetivo de menos. Queria ter comentado o papo da autoria, fica para a próxima.

Nenhum comentário: