quinta-feira, 26 de julho de 2007

Uma explosão de sabor



Onze e meia.
Mandei uma última mensagem para os atores do curta com os horários dos ensaios da próxima semana.
Amanhã teremos reunião com as equipes de fotografia, produção e arte. O objetivo é definir os planos de todo o filme. Vamos nas locações e tudo o mais.
Temos um banco 24 horas sendo construído. Será no Super Bacana, restaurante perto da praça do côco. Ainda não resolvemos o problema dos carros de polícia e dos uniformes. Tem uma infinidade de objetos de cena para serem conseguidos. Figurinos estão sendo pensados pela Leila e pela Sandra. Vamos ter que pintar a cozinha da casinha azul- locação do filme. Tive uma reunião com a Brisa sobre os ensaios e passamos todo o roteiro. Tive uma conversa rápida com o Renato sobre a relação entre fotografia e direção. O Julio está na batalha da produção e botou o Zollner pra trabalhar. Descobri que a Sandra não sabe guiar absolutamente. Quase que o Ivens não pode gravar na sexta.

Meu dia parece ter tido 36 horas.

Esta relação entre roteiro e filme é muito louca. Me sinto espremendo, apertando, buscando ângulos e olhares diferentes dele a cada dia. Tem momentos que eu acho o roteiro perfeito. Outras vezes acho que me enganei com sua estrutura.
Estou naquele momento de dissecar a coisa, de ser auto crítico, de buscar os defeitos e exorcizá-los.
Parece que as soluções se movem mais vagarosamente do que as complicações.
Uma questão de agitação molecular.
Uma explosão de sabor.
Onze e quarenta e cinco.

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