terça-feira, 24 de julho de 2007

Um comentário sobre o processo

Muito bem! Pelo visto serei uma das primeiras, depois do Hidalgo a postar no nosso bolg!

O segundo ensaio foi um pouco mais difícil, ou melhor, nada "genial", não fiz nenhuma grande descoberta. O que é bem normal, não é mesmo?
Mas me pus a pesquisar e buscar elementos, pois me sentia sem repertório pra fazer uma mulher chama Glória Mendes de Sá...

E achei vários textos legais sobre a Síndrome de Estocolmo. Talvez não seja novidade pra ninguém, mas a Síndrome de Estocolmo é um processo psicológico desenvolvido por algumas vítimas de sequestro (mantidas em cativeiro ou não). O termo foi dado por um psicólogo que analisou a relação dos reféns com os assaltantes um banco em Estocolmo em 1973. O assalto durou 6 dias e os reféns tinham mais medo da ação da polícia do que dos seu algozes e os defenderam depois no processo de acusação. Alguns mantiveram relações tão profundas que as famílias ficaram amigas. Li versões que 2 das vítimas se casaram com os 2 sequestradores, e versões que diziam que uma, das várias fãs, que escreviam pra eles na prisão, foi quem se casou.
Mas o mais interessante são os motivos levantados pelos psicólogos para que pessoas submetidas a atitudes violentas desenvolvam esse tipo de relação. O principal é a necessidade de desenvolver um mecanismo de sobrevivência, cooperando com o assaltante ou seqüestrador; no mesmo caminho o fato de ver o assaltante com carinho ameniza a violência da situação e “disfarça” eminência de sofrimentos físicos, ou os próprios sofrimentos físicos. Outro ponto importante é que ambos, refém e seqüestrador querem sair ilesos da situação e tacitamente se propõem a cooperar. E um ponto que acho interessante pra relação Glória X Anderson é que às vezes os reféns se identificam com os motivos do seqüestrador ou sentem-se culpados pelo que o motivou.
No caso da Glória, pensando na sua formação de esquerda, de intelectual, talvez ela possa ter uma identificação desse tipo, após algumas horas com o Anderson no banco. Mas acho importante nem deixá-la uma mártir, nem fazê-la uma pessoa apenas policamente correta, que no primeiro contato com o seu “objeto de pesquisa” se mostre uma grande vaca reacionária. Ao mesmo tempo, sempre deixar claro que os dois não jogam no mesmo time! Descobrir pequenos gestos e entonações que deixem claro as duas condições sociais, que deixem claro que por mais que “ele queira, ele não pode”, mas ela sim.
Como “tarefa de casa” o Jesser propôs que fizemos um relação de cada ação e propuséssemos 3 maneiras de executá-las. Além disso pensei em fazer 3 gestos decarinho, tensão, medo, ajuda, superioridade e piedade. Achei que esse último ser essa lente de aumento da relação entre a Glória e o Anderson.
Agora só testando!
Espero conseguir, em 4 minutos, colocar em prática tudo isso! Além de aprender a dirigir pra poder de fato quase bater o carro...

Pena que é curtinho...
Beijos
Pestana

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